quinta-feira, 28 de julho de 2011

PSICOPATA

O texto a seguir. O escriba Valdemir Mota de Menezes copiou na íntegra da fonte:Ballone GJ - Personalidade Psicopática - in. PsiqWeb, Internet, disponível em revisto em 2002.












TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE - 4
PERSONALIDADE PSICOPÁTICA
A psicopatologia em geral e a psiquiatria forense em especial têm dedicado, há tempo, uma enorme preocupação com o quadro conhecido por Psicopatia (ou Sociopatia, Transtorno Dissocial, Transtorno Sociopático, etc)
Trata-se de um terreno difícil e cauteloso, este que engloba as pessoas que não se enquadram nas doenças mentais já bem delineadas e com características bastante específicas, a despeito de se situarem à margem da normalidade psico-emocional ou, no mínimo, comportamental. As implicações forenses desses casos reivindicam da psiquiatria estudos exaustivos, notadamente sobre o grupo de entidades entendidas como Transtornos da Personalidade.



















O prof. Eunofre Marques adota a denominação de Personalidade Psicopática Amoral (ou, simplesmente, PP). Diz ele:
" O PP amoral é um indivíduo incapaz de incorporar valores. Ele funciona sempre na relação prazer-desprazer imediato.
São indivíduos incapazes de se integrar a qualquer grupo, devido ao seu egoísmo absoluto e a não aceitarem qualquer tipo de regras. Só o que eles querem é o que interessa. No início, eles até fazem amizades com facilidade mas, diante dos primeiros conflitos, a sua amoralidade aparece em todo o seu potencial. Terminam por ser rejeitados pelos grupos em pouco tempo. São, por isso, em geral indivíduos solitários, que migram de grupo em grupo até que não restem mais grupos para os aceitarem" (veja mais).












PERSONALIDADE PSICOPÁTICA
Devido à falta de um consenso definitivo, esse assunto tem despertado um virulento combate de opiniões entre os mais diversos autores ao longo do tempo. Igualmente variadas também são as posturas diante desses casos que resvalam na ética e na psicopatologia simultaneamente. As dificuldades vão desde a conceituação do problema, até as questões psicopatológicas de diagnóstico e tratamento. Como seria de se esperar, também na área forense as discordâncias são contundentes.
A evolução dos conceitos sobre a Personalidade Psicopática transcorreu, durante mais de um século, oscilando entre a bipolaridade orgânica-psicológica, passando à transitar também sobre as tendências sociais e parece ter aportado, finalmente, numa idéia bio-psico-social que, senão a mais verdadeira, ao menos se mostrou a mais sensata. (veja artigo Personalidade Criminosa?, uma revisão das dúvidas sobre esse tema)
Historia do conceito
O conceito de Psicopata, Personalidade Psicopática e, mais recentemente, Sociopata é um tema que vem preocupando a psiquiatria, a justiça, a antropologia, a sociologia e a filosofia desde a antigüidade. Evidentemente essa preocupação contínua e perene existe porque sempre houve personalidades anormais como parte da população geral.
Psicopatas pessoas cujo tipo de conduta chama fortemente a atenção e que não se podem qualificar de loucos nem de débeis; elas estão num campo intermediário. São indivíduos que se separam do grosso da população em termos de comportamento, conduta moral e ética. Vejamos a opinião dos vários autores sobre a Personalidade Psicopática ao longo da história.
Cardamo
Uma das primeiras descrições registradas pela medicina sobre algum comportamento que pudesse se identificar à idéia de Personalidade Psicopática foi a de Girolano Cardamo (1501-1596), um professor de medicina da Universidade de Pavia. O filho de Cardamo foi decapitado por ter envenenado sua mulher (mãe do réu) com raízes venenosas. Neste relato, Cardamo fala em "improbidade", quadro que não alcançava a insanidade total porque as pessoas que disso padeciam mantinham a aptidão para dirigir sua vontade.
Pablo Zacchia (1584-1654), considerado por alguns como fundador da Psiquiatria Médico Legal, descreve, em Questões Médico Legais, as mais notáveis concepções que logo dariam significação às "psicopatias" e aos "transtornos de personalidade".
Pinel
Em 1801, Philippe Pinel publica seu Tratado médico filosófico sobre a alienação mental e fala de pessoas que têm todas as características da mania, mas que carecem do delírio. Temos que entender que Pinel chamava de mania aos estados de furor persistentes e comportamento florido, distinto do conceito atual de mania (Berrios, 1993).
Dizia, no tratado, que se admirava de ver muitos loucos que, em nenhum momento, apresentavam prejuízo algum do entendimento, e que estavam sempre dominados por uma espécie de furor instintivo, como se o único dano fosse em suas faculdades instintivas. A falta de educação, uma educação mal dirigida ou traços perversos e indômitos naturais, podem ser as causas desta espécie de alteração ( Pinel, 1988).
Prichard
Prichard, tanto quanto Pinel, lutavam contra a idéia do filósofo Locke, o qual dizia não poder existir mania sem delírio, ou seja, mania sem prejuízo do intelecto. Portanto, nessa época, os juizes não declaravam insanos nenhuma pessoa que não tivesse um comprometimento intelectual manifesto (normalmente através do delírio). Pinel e Pricharde tratavam de impor o conceito, segundo o qual, existiam insanidades sem comprometimento intelectual, mas possivelmente com prejuízo afetivo e volitivo (da vontade). Tal posição acabava por sugerir que essas três funções mentais, o intelecto, afetividade, e a vontade, poderiam adoecer independentemente.
Foi em 1835 que James Cowles Prichard publica sua obra Treatise on insanity and other disorders affecting the mind, a qual falava da Insanidade Moral. A partir dessa obra, o historiador G. Berrios (1993) discute o conceito da Insanidade Moral como o equivalente ao nosso atual conceito de psicopatia.
Morel
Morel, em 1857, parte do religioso para elaborar sua teoria da degeneração. O ser humano tinha sido criado segundo um tipo primitivo perfeito e, todo desvio desse tipo perfeito, seria uma degeneração. A essência do tipo primitivo e, portanto, da natureza humana, é a contínua supremacia ou dominação do moral sobre o físico. Para Morel, o corpo não é mais que "o instrumento da inteligência".
A doença mental inverteria esta hierarquia e converteria o humano “em besta”. Uma doença mental não é mais que a expressão sintomática das relações anormais que se estabelecem entre a inteligência e seu instrumento doente, o corpo.
A degeneração de um indivíduo se transmite e se agrava ao longo das gerações, até chegar à decadência completa (Bercherie, 1986). Alguns autores posteriores, como é o caso de Valentím Magnam, suprimiram o elemento religioso das idéias de Morel e acentuaram os aspectos neurobiológicos. Estes conceitos afirmavam a ideologia da hereditariedade e da predisposição em varias teorias sobre as doenças mentais.
Koch e Gross
Em 1888, Koch (Schneider, 1980) fala de Inferioridades Psicopáticas, mas se refere à inferioridades no sentido social e não moral, como se referiam anteriormente. Para Koch, as inferioridades psicopáticas eram congênitas e permanentes e divididas em três formas:
disposição psicopática,
tara psíquica congênita e
inferioridade psicopática.
Dentro da primeira forma, Disposição Psicopática, se encontram os tipos psicológicos astênicos, de Schneider. A Tara inclui a "as almas impressionáveis, os sentimentais lacrimosos, os sonhadores e fantásticos, os escrupulosos morais, os delicados e susceptíveis, os caprichosos, os exaltados, os excêntricos, os justiceiros, os reformadores do estado e do mundo, os orgulhosos, os indiscretos, os vaidosos e os presumidos, os inquietos, os malvados, os colecionadores e os inventores, os gênios fracassados e não fracassados". Todos estes estados são causados por inferioridades congênitas da constituição cerebral, mas não são consideradas doenças.
Otto Gross, por sua vez, dizia que o retardo dos neurônios para estabilizarem-se depois da descarga elétrica determinava diferenças no caráter. Assim em seu livro Inferioridades Psicopáticas, a recuperação neuronal rápida determinava indivíduos tranqüilos, e os de estabilização neuronal mais lenta, ou seja, com maior duração da estimulação, seriam os excitáveis, portadores dessa inferioridade.
Kraepelin
Kraepelin, quando faz a classificação das doenças mentais em 1904, usa o término Personalidade Psicopática para referir-se, precisamente, a este tipo de pessoas que não são neuróticos nem psicóticos, também não estão incluídas no esquema de mania-depressão, mas que se mantêm em choque contundente com os parâmetros sociais vigentes. Incluem-se aqui os criminosos congênitos, a homossexualidade, os estados obsessivos, a loucura impulsiva, os inconstantes, os embusteiros e farsantes e os querelantes (Schneider, 1980).
Para Kraepelin, as personalidades psicopáticas são formas frustras de psicose, classificadas segundo um critério fundamentalmente genético e considera que seus defeitos se limitam essencialmente à vida afetiva e à vontade (Bruno, 1996).
Schneider
Em 1923, Schneider elabora uma conceituação e classificação do que é, para ele, a Personalidade Psicopática. Schneider (1980) descarta no conjunto classificatório da personalidade atributos tais como, a inteligência, os instintos e sentimentos corporais e valoriza como elementos distintivos o conjunto dos sentimentos e valores, das tendências e vontades.

Para Kurt Schneider as Personalidades Psicopáticas formam um subtipo daquilo que classificava como Personalidades Anormais, de acordo com o critério estatístico e da particularidade de sofrerem por sua anormalidade e/ou fazerem outros sofrer.
Entretanto, a classificação de Personalidade Psicopática não pode ser reconhecida ou aceita pelo próprio paciente e, às vezes, nem mesmo por algum grupo social pois, a característica de fazer sofrer os outros ou a sociedade é demasiadamente relativo e subjetivo: um revolucionário, por exemplo, é um psicopata para alguns e um herói para outros.
Em conseqüência dessa relatividade de diagnóstico (devido à relatividade dos valores), não é lícito ou válido realizar um diagnóstico do mesmo modo que fazemos com as outras doenças. Resumindo, pode-se destacar neles certas características e propriedades que os caracterizam de maneira nada comparável aos sintomas de outras doenças. O Psicopata é, simplesmente, uma pessoa assim.
O psicopata não tem uma psicopatia, no sentido de quem tem uma tuberculose, ou algo transitório, mas ele É um psicopata. Psicopata é uma maneira de ser no mundo, é uma maneira de ser estável.
Como em tantas outras tendências, também há um certo determinismo na concepção de Schneider. Para ele os psicopatas são assim em toda situação vital e sob todo tipo de circunstâncias. O psicopata é um indivíduo que não leva em conta as circunstâncias sociais, é uma personalidade estranha, separada do seu meio. A psicopatia não é, portanto, exógena, sendo sua essência constitucional e inata, no sentido de ser pré-existente e emancipada das vivências.
Mas a conduta do psicopata nem sempre é toda psicopática, existindo momentos, fases e circunstâncias de condutas adaptadas, as quais permitem que ele passe desapercebido em muitas áreas do desempenho social. Essa dissimulação garante sua sobrevivência social.
Kurt Schneider, psiquiatra alemão, englobou no conceito de Personalidade Psicopática todos os desvios da normalidade não suficientes para serem considerados doenças mentais francas, incluindo nesses tipos, também aquele que hoje entendemos como sociopata. Dizia que a Personalidade Psicopática (que não tinha o mesmo conceito do sociopata de hoje) como aquelas personalidades anormais que sofrem por sua anormalidade e/ou fazem sofrer a sociedade. Ele distinguia os seguintes tipos de Personalidade Psicopática:
1) Hipertímicos,
2) Depressivos,
3) Inseguros,
4) Fanáticos,
5) Carentes de Atenção,
6) Emocionalmente Lábeis,
7) Explosivos,
8) Desalmados,
9) Abúlicos, e
10) Astênicos.
Evidentemente o que entendemos hoje por psicopata ou sociopata seriam, na classificação de Schnneider, os Desalmados. Muito mais tarde Mira y López definiu a Personalidade Psicopática como "...aquela personalidade mal estruturada, predisposta à desarmonia intrapsíquica, que tem menos capacidade que a maioria dos membros de sua idade, sexo e cultura para adaptar-se às exigências da vida social". E considerava 11 tipos dessas personalidades anormais muito semelhantes aos tipos de Schnneider. Eram eles:
1) Astênica,
2) Compulsiva,
3) Explosiva,
4) Instável,
5) Histérica,
6) Ciclóide,
7) Sensitivo-paranóide,
8) Esquizóide,
9) Perversa,
10) Hipocondríaca, e
11) Homosexual.
Cleckley
Em 1941 Cleckley escreveu um livro chamado "A máscara da saúde", o qual se referia a este tipo de pessoas. Em 1964 descreveu as características mais freqüentes do que hoje chamamos psicopatas. Em 1961, Karpmam disse "dentro dos psicopatas há dois grandes grupos; os depredadores e os parasitas" (fazendo uma analogia biológica). Os depredadores são aqueles que tomam as coisas pela força e os parasitas tomam-nas através da astúcia e do engodo.
Cleckley, estabeleceu, em "A máscara da saúde", alguns critérios para o diagnóstico do psicopata, em 1976, Hare, Hart e Harpur, completaram esses critérios. Somando-se as duas listas podemos relacionar as seguintes características:
1. Problemas de conduta na infância.
2. Inexistência de alucinações e delírio.
3. Ausência de manifestações neuróticas.
4. Impulsividade e ausência de autocontrole.
5. Irresponsabilidade
6. Encanto superficial, notável inteligência e loquacidade.
7. Egocentrismo patológico, autovalorização e arrogância.
8. Incapacidade de amar.
9. Grande pobreza de reações afetivas básicas.
10. Vida sexual impessoal, trivial e pouco integrada.
11. Falta de sentimentos de culpa e de vergonha.
12. Indigno de confiança, falta de empatia nas relações pessoais.
13. Manipulação do outro com recursos enganosos.
14. Mentiras e insinceridade.
15. Perda específica da intuição.
16. Incapacidade para seguir qualquer plano de vida.
17. Conduta anti-social sem aparente arrependimento.
18. Ameaças de suicídio raramente cumpridas.
19. Falta de capacidade para aprender com a experiência vivida.











Henry Ey
Henry Ey, em seu "Tratado de Psiquiatria", inclui as Personalidades Psicopáticas dentro do capítulo das doenças mentais crônicas, as quais considera como um desequilíbrio psíquico resultante das anomalias caracteriológicas das pessoas. Cita as características básicas das Personalidades Psicopáticas como sendo a anti-sociabilidade e impulsividade (Bruno, 1996). A idéia dos Transtornos de Personalidade tal como sugerido pelo DSM começou em 1966 com Robins.
O que mais se percebe em relação à Personalidade Psicopática são as controvérsias entre os vários autores e nas várias épocas mas, de alguma forma, há uma perene tendência em se apontar para três conceitos básicos.
A primeira posição reflete uma tendência mais constitucionalista (intrínseca), entendendo que o psicopata se origina de uma constituição especial, geneticamente determinado e, em conseqüência dessa organicidade, pouco se pode fazer.
A segunda tendência é a social ou extrínseca, acreditando que a sociedade faz o psicopata, a sociedade faz a seus próprios criminosos por não lhes dar os meios educativos e/ou econômicos necessários.
Através da análise de dois sistemas educacionais para problemas comportamentais, como a escola inglesa Lymam, com um sistema disciplinar rígido, autoritário, duro, e a escola Wiltwyck, americana, onde a idéia era criar um ambiente cálido, afetuoso, propenso a amistosidade, uma "disciplina de amor" segundo cita Cinta Mocha (Garrido, 1993), pode-se contra-argumentar a tendência extrínseca da psicopatia. Os psicopatas constituíram o 35% da população em ambas escolas. A instituição americana Wiltwyck teve um marcante êxito inicial, mas a taxa de reincidência em atitudes anti-sociais, ao longo de alguns anos de acompanhamento, foi o mesmo.
A terceira escola é a psicanalista, que só trata das perversões em relação com a sexualidade. Quando o transtorno implica outras pulsões, Freud fala de libidinização da dita pulsão, a qual havia sido "pervertida" pela sexualidade. A perversão adulta aparece como a persistência ou reaparição de um componente parcial da sexualidade. A perversão seria uma regressão a uma fixação anterior da libido. Recordemos que, para Freud, a passagem à plena organização genital supõe:
a) superação do complexo de Édipo,
b) o surgimento do complexo de castração e
c) a concepção da proibição do incesto.
Assim a perversão chamada fetichismo é ligada à negação da castração. A perversão seria o negativo da Neurose, que faz da perversão a manifestação em bruto, não reprimida, da sexualidade infantil (Laplanche, 1981).
A maioria dos autores dessa época procurava substituir o conceito de "constituição psicopática" por "personalidades psicopáticas" já que sua etiologia não era claramente definida. Mas, apesar da etiologia não ser claramente entendida, o quadro clínico da personalidade psicopática foi sendo cada vez mais cristalinamente descrito.
K. Eissler, no final da década de 40, considerava os psicopatas como indivíduos com ausência de sentimentos de culpa e da ansiedade normal, superficialidade de objetivos de vida e extremo egocentrismo. Os irmãos Mc Cord, em 1956, descrevem sua "síndrome psicopática" com as seguintes características: escasso ou nenhum sentimento de culpa, capacidade de amar muito prejudicada, graves alterações na conduta social, impulsividade e agressão.
Outros autores, resumindo, nas décadas sucessivas de 60 e 70, foram também definindo os traços característicos da psicopatia com termos tais como; perturbações afetivas, perturbações do instinto, deficiência superegoica, tendência a viver só o presente, baixa tolerância a frustrações. Alguns classificam esse transtorno como anomalias do caráter e da personalidade, ressaltando sempre a impulsividade e a propensão para condutas anti-sociais (Glover, Henri Ey, Kolb, Liberman).
Classicamente, hoje em dia e resumindo a evolução do conceito, a Personalidade Psicopática tem sido caracterizada principalmente por ausência de sentimentos afetuosos, amoralidade, impulsividade, falta de adaptação social e incorregibilidade.
Desalmado na paz, herói na guerra ?
Há quem, mediante árdua ginástica mental, evoca até as teorias da evolução e sobrevivência da espécie para especular sobre os psicopatas como uma espécie de indivíduos dotados de atitudes naturais para a sobrevivência da espécie, do grupo. Diante de uma emergência seriam as pessoas capazes de responder com características não habituais para fazer frente à situação totalmente anômala, imprevista e ameaçadora.
Assim, num caso de guerra, aquele que se conduz como desalmado, cruel e insensível aparece como o herói, aquele que toma a frente, que assume riscos, que leva ações adiante e que se destaca da maioria. Em tempo de paz, essas condutas caracterizariam a delinqüência, criminalidade, etc. Isso seria o mesmo que afirmar que “tarado é uma pessoa normal pega em flagrante”.
A tendência em descobrir méritos nas atitudes sociopáticas, pelo simples fato delas se ajustarem perfeitamente aos requisitos da emergência e da sobrevivência, caem por terra ao considerarmos as questões gregárias e éticas associadas aos propósitos das atitudes.









Vamos colocar a questão da seguinte maneira:
Considerando os três elementos condutores mestres da ação humana como sendo o Querer, o Dever e o Conseguir, na linguagem freudiana, o Id, o Superego e o Ego, sociopata seria aquele que, não dispondo ou dispondo deficitariamente do Dever (superego), estaria autorizado, por si mesmo, a proceder da maneira mais eficiente para SEU prazer ou SUA sobrevivência.
Portanto, a despeito da eficácia existencial, o psicopata seria o exemplar humano mais próximo da animalidade. Ora, aproximar-se da animalidade é um fenômeno a que todos estamos sujeitos, de acordo com a existência iminente de severa ameaça existencial. A distinção e o mérito éticos de cada um se medem de acordo com o limiar, a partir do qual, recorremos à animalidade para conquista de nossos objetivos.
Quanto mais vulnerável à animalidade, menor o sentido (e sentimento) ético da pessoa. Como o sociopata vive na animalidade (das atitudes), falta-lhe totalmente a condição ética. E há quem pense que, para problemas éticos... soluções éticas, para problemas médicos... soluções médicas. O psicopata não aprende com certas experiências, nem com a argumentação, e menos ainda com o discurso ético.
Os psicopatas começam a manifestar sua psicopatia desde a infância e adolescência, e não se modificam depois (veja Transtornos de Conduta). A conduta anti-social começa desde a infância, caracterizada por atitudes de mentir, roubar, falsificar cheques, prostituir-se, assaltar, maltratar animais, etc). Nota-se, desde tenra idade, uma ausência da capacidade de sentimento de culpa e de arrependimento. Quando teatralizam esses sentimentos, o fazem simplesmente para conseguir uma atenuação da pena.

Esse transtorno pode aparecer precocemente, em tenra idade, conforme diz o prof. Eunofre Marques:
"Ainda crianças já aparece o seu componente amoral, por não aceitarem regras jamais, não respeitarem qualquer limite e terem um comportamento absolutamente inadequado na escola, de onde são freqüentemente expulsos.
Já na adolescência tendem francamente para a marginalidade e tentam integrar-se aos grupos marginais mas mesmo esses, com a sua ética marginal rígida, logo o rejeitam.
Quando pressionado pelo ambiente, especialmente em ambientes fechados, como numa penitenciária, eles atual de modo primoroso, como que absorvendo os valores rígidos do meio. No entanto, é só surgir uma pequena brecha nas regras para que a sua amoralidade venha plenamente à tona.
Boa parte deles não chega à idade adulta porque, misturados com os marginais, acabam sendo mortos por estes. Mesmo assim, chegando à idade adulta, terminam por serem recolhidos a alguma penitenciária, onde eles são encontrados com freqüência. Mesmo dentro da penitenciária a sua existência está sendo constantemente ameaçada, porque não se integram a nenhum dos grupos que lá se formam.
Aqueles que têm um nível de inteligência superior conseguem parcialmente, utilizando-se dos recursos cognitivos, manterem-se relativamente integrados no meio até a idade adulta mas, mesmo estes, acabam por serem expulsos do seu meio e também vão parar nos presídios.
O PP amoral é o exemplo do fracasso do ser humano" (veja mais).

domingo, 10 de julho de 2011

MALTRATA ANIMAIS HOJE, MATA GENTE AMANHÃ

Comentário do escriba Valdemir Mota de Menezes



A legislação brasileira prevê como contravenção penal maltratar animais. Porém, a pena para quem maltrata um animal deveria ser mais rigorosa. Quem hoje maltrata animais, amanhã poderá estar matando pessoas. A experiência nos tem mostrado que pessoas que maltratam animais por prazer geralmente estão possuídas por demônios. Destruir as criaturas de Deus é uma forma de satanismo. Casos como os abaixo relacionados indicam desde cedo um desvio de conduta de um psicopata. Em alguns meninos isso pode ser uma “fase”, mas em outros pode ser um sinal de tragédia anunciada.









FONTE: Murder ecology, psychiatry, demonism, Brazilian law

Veja alguns exemplos de assassinos seriais famosos que torturavam animais.
Patrick Sherrill, que matou quatorze pessoas em uma agência de correios e depois atirou em si mesmo, roubava animais de estimação para que seu próprio cão pudesse atacá-los e mutilá-los.
Earl Kenneth Shriner, que estuprou, esfaqueou e mutilou um garoto de sete anos de idade, era conhecido na vizinhança como o homem que costumava pôr explosivos em ânus de cães e estrangular gatos.
Brenda Spencer, que abriu fogo em uma escola de San Diego, matando duas crianças e ferindo outras nove, freqüentemente maltratava gatos e cachorros, geralmente ateando fogo em suas caudas.
Albert De Salvo, o "Estrangulador de Boston", que matou treze mulheres, em sua juventude aprisionava gatos e cães em engradados de laranja para depois lançar flechas contra as caixas.
Carroll Edward Cole, executado por cinco dos trinta e cinco assassinatos dos quais foi acusado, disse que seu primeiro ato de violência quando criança foi estrangular um filhote de cão.
Em 1987, três adolescentes do Missouri foram acusados de surrar até a morte um colega de aula, tinham várias histórias de mutilação animal iniciadas vários anos antes. Um confessou ter perdido as contas de quantos gatos já matara.
Dois irmãos que assassinaram seus pais contaram a colegas de aula que tinham decapitado um gato.
O assassino em série Jeffrey Dahmer impalava cabeças de cães, sapos e gatos em varas.
Fonte: PETA - People for the Ethical Treatment of Animals

ILANA CASOY SOBRE SERIAL KILLER

O escriba Valdemir Mota de Menezes comenta:" Tenho a acrescentar ao discurso da Ilana Casoy que o Diabo e os seus demônios tem levado pessoas a cometerem homicidios desde os primórdios dos tempos, quando Caim matou seu irmão Abel. Devemos também levar em conta que muitos serial killers cometem barbaridades por estarem possuidos por demônios. Não quero com isso justificar e muito menos inocentar estes criminosos, mas desconsiderar as influênciar diabôlicas é fazer uma análise incompleta deste tema.

www.ipebj.com.br/.../aunaao-haa-defesa-contra-serial-killer-a



Crime /Iliana Casoy
“Não há defesa contra serial killer”
Ilana Casoy explica por que rezar é a única
arma contra esse tipo de criminoso

Rodrigo Cardoso

Por que não falou com um serial killer para fazer o livro?
Preciso concluir se o que eles têm a dizer vai contribuir para meu trabalho. Relato, como leiga, os casos. O serial killer é um mentiroso patológico. E não tenho técnica de interrogatório que induziria um diagnóstico. Para ter isso, leio laudos.
Mas não tem curiosidade?
Visitei o presídio da polícia militar Romão Gomes, onde um preso de lá, que gosta de escrever, conversaria com os condenados mais famosos e escreveria as histórias para mim. Conversando com o preso-escritor, perguntei se o Cirineu Letang, um PM serial killer que matou seis travestis, estava preso lá. E o preso me disse: “Tá! Por quê?”. Expliquei que preparava um livro sobre serial killers brasileiros. Aí ele se alterou: “O Cirineu é meu amigo. Ele é dez, um PM maravilhoso”. Fiquei apavorada. Imagina eu, numa sala, com um serial killer!
Temia que ele pudesse matá-la?
Não tenho medo de morrer e sim do sofrimento. Vamos lembrar do Tim Lopes. Qual o custo-benefício disso? O que um serial pode me contar que não saberia sem falar com ele? Tenho uma família que amo que não merece que eu me exponha tanto. O Tim, para o que se dispôs a fazer, tinha de estar na favela. Eu tenho de falar com um serial killer? Até hoje, não.
Vários alegam estar possuídos pelo demônio quando cometem os crimes. O que acha disso?
Todos arranjam desculpa para se tornar criminosos. O (Henry Lee) Lucas (que matou entre 6 e 200 pessoas) culpou a infância. O pai do (Jeffrey) Dahmer, canibal que matou 17, achava que o filho tinha um defeito no cérebro. O (Ted) Bandy disse que a pornografia estragou a vida dele. O (John Wayne) Gacy culpava as vítimas! Podemos culpar o demônio também. Mas é uma saída muito fácil, porque contra o demônio não tem cura.











Há como evitar um ataque?
Não há defesa contra serial killer. Rezar é a única coisa a fazer. Cairia na armadilha do Ted Bundy hoje, depois de escrever o livro. Ele se engessava, andava de muletas e pedia ajuda para carregar livros até o carro. Era galã, formado em direito e falava várias línguas. Eu queria que um assassino desse tipo fosse como o Freddy Krueger, porque aí sairia correndo. Mas ele não tem cicatriz, não anda torto, não tem parafuso no pescoço. É invisível, comum. E as pessoas também não têm noção de que são vítimas. Se eu sair no trânsito pendurada de brilhante e relógio rolex, estará escrito “vítima” na minha testa. No caso de um serial killer, você pode ser vítima porque é moreno ou alto. Tinha um na Grécia que matava quem o chamasse de baixinho!
Uma infância problemática é decisiva na formação de um serial killer?
São três os fatores: biológico, psicológico e social. Mas as infâncias de 82% dos assassinos são péssimas. Tem um serial killer americano que até os 8 anos era vestido de menina pela mãe. Pode imaginar um garoto ir para a escola vestido de menina, sapatinho de boneca? Ele era tão espancado em casa que perdeu um olho, tinha olho de vidro. Acha que pode sair um ser humano equilibrado daí?



Que fatores biológicos explicam o comportamento de um serial killer?
Há estudos que mostraram que a maioria deles no corredor da morte tem uma lesão na parte límbica do cérebro, que faz com que percam controle sobre emoções, como raiva e medo. Há uma pesquisa nova sobre uma enzima que alguns possuem desde o nascimento. São enzimas de busca de adrenalina e quem as possui precisa de mais adrenalina do que os outros. Esses indivíduos podem se tornar pára-quedistas, investigadores de polícia, equilibristas de circo ou, dependendo da infância e o meio social, vão para o crime.













No livro, só há uma serial killer mulher.
As mulheres matam em geral com veneno ou são “anjos da morte”: matam maridos doentes terminais. Mas essa mulher do livro (Aileen Wuornos, que matou sete pessoas nos EUA) mata como homem, atirando. Há muito menos mulher serial killer, 10%. A mulher quando abusada na infância, reage diferente do homem. Ela tende à depressão, suicídio, não é tão raivosa. Mas tem algumas que põem arsênico na comida do marido para matá-lo. O cara vai parar no hospital com problemas estomacais e a mulher continua levando sopa na cama para o marido com arsênico. Fica difícil de se descobrir. Também quase não existem negros serial killers. Achei interessante a explicação de um psiquiatra americano: quando uma criança negra é abandonada porque os pais são drogados ou alcoólatras, a avó assume a criação dela. Os laços familiares são mais fortes entre os negros.
A polícia brasileira está preparada para identificar um serial killer?
Alguns delegados sabem muito do assunto. A chefe da perícia da delegacia de homicídios de São Paulo dá aula de assassinos em série na academia militar. O Maníaco do Parque, se não confessasse as mortes, poderia ser condenado graças a uma única prova material levantada pela perícia. No braço de uma das vítimas foi fotografada de noite no meio da mata a marca de uma mordida do Maníaco. Ele foi levado para o DHPP oficialmente para um exame de fimose, mas tiraram um molde odontológico que, comparado com as fotos da mordida, combinou em todos os detalhes.












O Chico Picadinho (Francisco da Costa Rocha, serial killer brasileiro preso por estrangular e esquartejar duas mulheres) já cumpriu a pena. Por que não foi solto?
Ele não vai sair, muito por causa do erro que cometeram com o Luz Vermelha (João Acácio Pereira da Costa, condenado por 88 crimes, entre eles 4 assassinatos, e solto em 1997). O Luz Vermelha não poderia ser solto por poder matar de novo, mas porque era um nabo vestido de gente, era para o bem dele! Ele tinha sífilis 30 anos atrás. Imagina quanto essa doença degenerou o cérebro dele. Quando foi preso, era galã, recebia rosas vermelhas. Ao sair, era uma sombra do que foi. O psiquiatra que fez o laudo do Luz Vermelha foi execrado. Se o laudo fosse mandado para o papa, o Luz Vermelha seria canonizado. Falava-se de “o bom moço”, “o regenerado”. Soltaram-no e ele foi morto ao se meter numa briga.
Como estão mantendo o Picadinho preso?
A Justiça criminal não pode mantê-lo preso. Uma promotora entrou com um processo de interdição na Justiça civil, em 1998. É como se seu pai ficasse louco e gastasse todo o dinheiro da família e você o interditasse até que ele provasse não ser louco. O Picadinho nunca vai provar que não é louco. Ele não é louco e sim psicopata. E psicopatia não é doença e sim transtorno de personalidade e não tem cura. Ele é tão cruel que na infância lhe disseram que gato tinha sete vidas. Ele foi matando o animal, apunhalando, afogando e ficava vendo se morria mesmo.
E a pena máxima continua sendo de 30 anos.
Há duas curas para um psicopata: preso ou morto. Tem um psiquiatra russo que trata adolescentes com perfil de psicopata. As mães levam até ele os filhos que matam animais, ateiam fogo em objetos, têm fantasias de crimes, mas não mataram gente. Nenhum serial killer começa matando e sim com pequenos delitos. Tem um menino procurado pela polícia que esse médico esconde. Ele já estuprou e espancou uma moça. Vai matar!


------------------------



Crime /Iliana Casoy
Caçadora de serial killer
Sobrinha de Bóris Casoy, a escritora lança livro sobre os maiores serial killers do mundo, prepara a versão brasileira do tema e investiga, junto com a polícia, os crimes do Maníaco de Guarulhos
• Veja a galeria dos matadores
Rodrigo Cardoso

A dona-de-casa Cleonice Silva Martins, 25 anos, foi encontrada estrangulada com um pano de prato amarrado ao pescoço. Apresentava sinais de que havia sido vítima de violência sexual. Nenhum vizinho ouviu pedidos de socorro. Ao chegar em casa, o marido de Cleonice a encontrou deitada na cama seminua e notou que haviam sumido o videocassete e o telefone. O crime aconteceu em Guarulhos, na Grande São Paulo, e teve tímida repercussão em alguns jornais paulistas. Intrigada, a escritora Ilana Casoy ligou para o delegado João Roque Américo, que cuida do caso. Após apresentar-se, ela afirmou:
– Não foi um simples latrocínio (morte seguida de roubo). A vítima era o objeto do criminoso. Faça uma pesquisa nas delegacias daí. Ou há casos semelhantes ou outros irão acontecer.
– Não há outros casos. A taxa de homicídios caiu – disse o delegado.
– Doutor, esse tipo de crime não tem nada a ver com a violência urbana. Tem um serial killer agindo por aí e as mortes que ele causa estatisticamente não são relevantes.
Sobrinha do apresentador da Record Bóris Casoy, Ilana falava com conhecimento de causa. Autora do livro Serial Killer – Louco ou Cruel? (editora WVC), ela é a primeira no País a relatar a insana crueldade de 14 famosos assassinos em série do mundo e levantar questões sociais, biológicas e psicológicas que explicam a transformação de um indivíduo normal em assassino que mata a sangue frio e sem uma razão lógica.
Dias depois do telefonema de Ilana, a polícia de Guarulhos descobriu outros seis crimes com as mesmas características, além de duas vítimas que sobreviveram a um ataque parecido ao de Cleonice. Divulgou um retrato falado daquele que passou a ser conhecido como Maníaco de Guarulhos. A escritora foi chamada para uma reunião com as autoridades e, ao final, passou a viver na vida real o que sempre pesquisou em livros. Estava, junto da polícia, à caça de um serial killer. “Anotei várias dicas da Ilana. Vamos trabalhar juntos no caso”, diz o delegado João Roque. “Nossa polícia não está preparada para investigar um criminoso violento como o serial killer. Há uma resistência em aceitar a existência dele, porque o mitificam como uma figura hollywoodiana.”


Aos 42 anos, casada e mãe de dois filhos, Ilana formou-se em administração de empresas na Fundação Getúlio Vargas e sempre se intrigou com os homicídios que lia nos noticiários. “Não me satisfazia saber que fulano matou 10, escalpelou e praticou necrofilia com a vítima”, diz ela. “A crueldade é inerente ao ser humano. Mas por que nesses assassinos ela é exacerbada, sem limite ou censura?”
Disposta a buscar respostas, fez um pedido ao marido quando estava com 39 anos e 11 meses. Em comemoração ao 40º aniversário queria como presente um ano de aluguel pago de uma pequena sala próxima de sua casa. Queria se afastar do ambiente familiar para realizar o sonho de escrever um livro sobre serial killers. Ilana ganhou o aluguel da sala e nela passou a almoçar, pesquisar, debater via internet em grupos de discussões internacionais, e chorar algumas vezes. Compaixão, raiva e impotência a emocionavam. Ao iniciar as pesquisas pela infância do serial killer, sentia pena do menino, referia-se a eles pelo primeiro nome. Conforme o espírito pueril dava lugar ao demoníaco, o semblante e o tom de voz da escritora mudavam: “Da criança tinha pena. Do serial killer, ódio”.



-----------------------------


Ela escapou de um serial killer
Paulista relata como sobreviveu ao ataque do Maníaco do Parque, o serial killer mais conhecido do País
Ele me abordou e disse que estava selecionando moças para a Avon e que, mensalmente, eu receberia R$ 700. Eu andava pelo Parque do Ibirapuera. Estava me separando e pensava como criaria meu filho sozinha e desempregada. Aceitei e subi na moto dele, mesmo com medo. Fomos para o Parque do Estado. Ele estacionou a moto. Percebi que a mata não tinha fim e que era uma tentativa de estupro. Tentei correr, não conseguia por causa dos galhos, tropecei, aí ele me levantou com uma gravata no pescoço. Ele falava: ‘Cala a boca, vagabunda, porque eu sou um psicopata’. Ele me batia muito, com a mão suja de terra: ‘Vou acabar com você e com seu filho’. Inventei uma história: ‘Tô grávida’. E ele falava: ‘O que importa sou eu’. Ele já estava pronto para praticar o estupro quando eu disse: ‘Você não vai fazer. Tenho HIV e amanhã vamos ser dois aidéticos no mundo’. Ele não chegou à penetração. Praticou sucção nos meus seios, que ficaram roxos e chegaram a rachar. Ele me obrigou a fazer sexo oral, mas antes disso eu gritava tanto que ele disse: ‘Vou te dar uma chance. Vou te dar 2 minutos para você fugir. Se você conseguir correr, está livre. Se não, eu te mato e como morta’. Achei melhor ficar ali. Ele rodou o dedo e falava: ‘Eu sou psicopata, aqui tem muitas que eu matei e estão enterradas’. Ele pegou meu cabelo, deu duas voltas e me arrastou, como um cachorro, em direção a uma cabana. Arrebentou a alça de uma bolsa, me amarrou na árvore e dizia que ia pedir a Deus pelo que fez, porque sabia que não era certo, que fazia isso com todas que tinham características iguais às minhas, porque tinha uma ‘vagabunda de uma noiva’ que largou ele no altar. Depois disso, pediu perdão e falou: ‘Vou até a avenida e vou pedir para alguém te soltar’. Não esperei. Me soltei e pedi socorro.
S.A.N.O., 18 anos na época do crime, em novembro de 1997



----------------------------




Crime /Ilana Casoy
Caçadora de serial killer
continuação

Em dois anos Ilana juntou tanto material que, para 2003, já prepara Yes, Nós Temos Serial Killer, coletânea pioneira com as 30 histórias mais intrigantes de assassinos em série do Brasil. “Pela internet qualquer pessoa entra na corte americana e lê o processo que quiser. Aqui, tem de saber a quem perguntar.” E ela teve sorte. Leiga até então – não sabia o que era uma petição –, Ilana conseguiu uma mesa ao lado da de um desembargador aposentado responsável pelo Museu do Crime (SP).
No Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), acompanhou o trabalho da perícia. “Dizia a ela que, se viesse muito aqui, entraria na escala da equipe. Ficou amiga de todos e, quando alguém aniversariava, ela trazia bolo para nós”, conta Jane Belucci, perita criminal chefe do DHPP.
Certa vez, Ilana ligou para o marido avisando que havia saído numa viatura da polícia e estava em Capão Redondo, um dos bairros mais violentos de São Paulo, analisando um local de crime. Em casa, porém, é uma mulher que gosta de maquiagem, roupas bonitas e de cozinhar. “Não tomo café da manhã sem estar bem vestida. Meu marido não tem de tomar mais sustos. Já bastam minhas histórias.”





------------------------------







Números do medo
82% dos serial killers sofreram abusos na infância
5% dos serial killers estavam mentalmente doentes no momento dos crimes
De 35 a 500 é o número de serial killers soltos
93% dos serial killers são homens
65% das vítimas são mulheres
75% dos serial killers conhecidos no mundo estão nos Estados Unidos
Fontes: FBI, John Douglas e Nacjd (National Archive of Criminal Justice Data)



-----------------------








SERIAL KILLER

Artigo 1 – Todo serial killer nasce livre e igual em dignidade e direitos. Mas basta crescer um pouco para começar a matar aula e gostar da brincadeira. Cresce matando o tempo, enforcando feriados, sufocando seus sentimentos e fuzilando as pessoas com o olhar.
Artigo 2 - Todo serial killer tem o direito de ter um hobby, como, por exemplo, colecionar pele humana;
Artigo 3 - Todo serial killer tem o direito de apreciar um bom banho... de sangue;
Artigo 4 - Todo serial killer tem o direito de ser fluente em latim, uma lingua morta;
Artigo 5 - Todo serial killer tem o direito de preferir campeonatos de futebol decididos no mata-mata ou com morte súbita;
Artigo 6 - Todo serial killer tem o direito inalienável de ser um destruidor de corações, pulmões, rins, figados etc;
Artigo 7 - Todo serial killer tem o direito de ser um péssimo jogador de futebol. Tão ruim que acabe sempre enterrando o time;
Artigo 8 - Todo serial killer tem o direito de apreciar o corpo de bombeiros, mas não ter nada contra os outros corpos;
Artigo 9 - Todo serial killer tem o direito de admirar Sigmund Freud e levar a ferro e fogo o conceito de que devemos matar nossos pais;
Artigo 10 - Todo serial killer tem o direito de gostar de inseticidas que não matem apenas os insetos.



-------------------




-----------------------

sexta-feira, 1 de julho de 2011

CRACK AND MURDER

Mind the above qualified military police reporting that it was triggered via radio to appear at the scene. Arriving there, he contacted the witness, victim's son, and he informed the military police that morning, he saw his father's house closed and he never picked up (with both neighbors) that "Walter" forced the kitchen door and it was opened. When driving up to the room, found his father dead with a pillow on her face. By removing the pillow there was a deep cut on his forehead and in the kitchen found a screwdriver on top of the closet with blood traces. Powered CEPOL lug through 1XXx, attended the expert AAAAAAA. The key was seized as xxxxxx seal, this police investigation team also visited the site and the body was removed to the morgue of Praia Gande by Osan. Nothing more




----------------------------
Following the investigations took testimony from the victim's daughter....


"Elia" and that Sean did not like Cicero, the father of the deponent. What Sean has threatened to kill "Cicerone", who would not only consider their mother ("Adrianova"). "Adrianova" who lived with the father of the respondent for twenty-five years. That "Walter" was created by "Cicerone" and both had much regard for each other. That the deponent is aware that Cicerone did a paper giving his property to the "Walter" and a few days before his assassination, Cicerone showed Sean the document in which he donated his property to the Walter.









That this attitude of the Cicerone, caused anger in Sean and Eliane. Elia That was intending to sue against Cicerone. Elia was disturbing that Cicerone often wanting documentation site. That both Sean and Elia are crack addicts, but some time ago the mother of Eliane, Adrianova said that Elia stopped using crack. That Adrianova died in May, which may have precipitated the decision of Sean, to kill Cicerone, because the witness firmly believes that he killed Cicerone. That as hearsay, neighbors saw Sean in the early hours of the crime, near the pool house, that at about 2:00 in the morning. People do not want to testify out of fear, but this rumor goes the neighborhood. What Sean never lived with Cicerone, he always lived with her sister Elia in Praia Grande. Who knows by Walter, who Sean owed ​​money to Cicero.. That soon after the death of Adrianova, in May, Elia entered the house of his father, Cicerone and took several belongings she claimed that her mother was. Eliane took towels, dish cloth, wall paintings, mixer, blender, clothes, electric oven and other things.